Richarley Menescal
Publicitário e Designer Gráfico, com mestrado em estratégia e
criatividade interativa. Atualmente atua como consultor e professor em
estratégias de comunicação e design para meios digitais.
Qual sua formação?
Sou graduado em Publicidade e com mestrado profissional
em estratégia e criatividade para meios interativos. Sou também da 3ª e
última turma do pioneiro Centro de Design do Ceará, que acabou em 2003.
Precisa de alguma formação específica para ser um Web Designer?
Sinceramente não considero obrigatório. Mas o
conhecimento das teorias e práticas de design e usabilidade, em geral,
são imprescindíveis para a formação de um bom profissional de web
design. Saber programar é outro plus muito bem vindo.
Quantos anos de experiência na área?
Montei meu primeiro site em 1999, então já está completando 15 anos. Foi também minha introdução ao design.
Mas
é importante reforçar que não atuei exclusivamente na área de web desde
então, pois nunca tive um foco definido de atuação, tendo experiências
em diversas áreas da comunicação e design.
Qual sua primeira experiência como Web Designer? Você enfrentou alguma dificuldade nesse começo?
Meu primeiro site foi uma revista eletrônica sobre
assuntos de meu interesse particular, como cinema e quadrinhos. Em pouco
tempo eu fiz meu primeiro trabalho comercial, com um site para um
pequeno hotel de Fortaleza. Nesse começo era difícil buscar referências,
mesmo na internet, tudo era muito novo. Mas o Microsoft Frontpage,
primeira ferramenta que utilizei, era muito prático para se montar um
site básico em HTML. Desde então, a metodologia só ficou mais complexa,
mas as possibilidades hoje são infinitas.
Você possui alguma empresa própria que envolva o Web Design? Se sim, conte-nos um pouco sobre essa experiência.
Não
especificamente de Web Design. Estou atuando faz pouco tempo com
consultoria para meios digitais, portanto Web Design é uma possibilidade
de atuação, embora o natural seja que eu terceirize esse serviço. De
qualquer forma, eu trabalhei em empresas do ramo, como a Navegantes, a
Noix e também no Instituto Atlântico quando eu pude expandir os
conhecimentos de web design para a parte de interface para sistemas
digitais.
Como você analisa o mercado cearense para a profissão de Web Design? É uma profissão valorizada no estado?
Cresceu
muito, tem várias empresas de destaque no cenário nacional e até
internacional. Quanto a remuneração é que eu não tenho tanto
conhecimento, mas imagino que dos ramos do design, seja uma das mais
valorizadas, sim, até por uma análise geral do mercado digital
atualmente, que é bem positiva.
Você considera uma profissão de grande concorrência? De difícil destaque?
É
um ramo complicado, que um profissional pode ficar facilmente defasado
tecnicamente se não se manter atualizado e acompanhando todas as novas
tendências. E tem muita gente boa, e jovem, se concentrando na área.
Eu mesmo, por me dividir em outros ramos do design e
comunicação nos últimos anos, hoje me sinto um pouco defasado
tecnicamente. Por isso mesmo hoje me concentro mais na parte de
consultoria do que desenvolvimento propriamente.
Quais conhecimentos um Web Designer não pode deixar de ter, além de interesse pelo digital?
Usabilidade
e experiência do usuário. O bom profissional tem que entender cada vez
melhor a relação homem e máquina. E é uma responsabilidade que,
infelizmente, ainda são poucos que tem em mente. A de tornar a
experiência de uso cada vez mais prazerosa, ainda mais em um mercado
cada vez mais dominado pelos dispositivos móveis e com interfaces de
toque.
E também devo reforçar da importância de conhecimentos básicos em
programação. Por mais que um designer pretenda levar sua carreira
somente projetando layouts, ele tem que conhecer um pouco do processo
das linguagens que o site vai ser construído. Até mesmo para ter
embasamento para dialogar com os programadores.
Qual conselho você daria para os que almejam essa área de trabalho?
Todo
estudo ainda é pouco. Dedicação, paciência e MUITA PRÁTICA é o trunfo
dos grandes profissionais. Para quem também implementa, importante não
se limitar a só conhecer as linguagens mais básicas e atuais, como HTML5
e CSS3, mas estudar conceitos gerais de design e usabilidade, não só
dos meios digitais, pois a experiência está cada vez mais tátil e
sensorial. O bom é que é uma área que permite muito experimentalismo,
portanto o web designer não precisa se limitar a repetir padrões
estabelecidos, ele pode ser plenamente capaz de criar as inovações e
tendências do futuro.
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